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Comparação de normas balísticas Brasileiras e Internacionais

Comparação de normas balísticas Brasileiras e Internacionais

Como você já leu em outros artigos aqui no nosso blog, o processo de fabricação de uma blindagem automotiva é rigoroso e cada etapa exige o máximo de atenção e cuidado para que o produto atenda as exigências, características e condições aceitáveis pelas normas balísticas.

No Brasil, os produtos destinados a blindagem de veículos seguem uma norma única para todos os modelos de blindagens, a chamada ABNT NBR 15000, pautada por diretrizes específicas a fim de assegurar a melhor proteção para os automóveis que circulam nas ruas do país.

Mas e em outros países? Quais são as normas balísticas e quais as principais diferenças entre a norma americana NIJ, que é a seguida no Brasil, e as demais opções? Acompanhe a leitura e encontre uma comparação detalhada sobre esse sistema de blindagem nos quatro padrões mais reconhecidos mundialmente:

Como é no Brasil com a norma NIJ

Segundo as recomendações das normas balísticas autorizadas no território brasileiro, os vidros blindados devem possuir registros junto ao Exército Brasileiro e só é autorizada a sua comercialização quando eles passam pelos testes de materiais indispensáveis.

No país verde e amarelo, o padrão americano publicado pelo Instituto Nacional de Justiça (NIJ) é o aplicado em todas as regiões. O objetivo dessa norma e suas especificações, como a definição de velocidade, padrões de impactos, tipos de munições e número cinco de impactos necessários para validar o vidro transparente à prova de bala é realizar a avaliação balística dos produtos e certificar os que atenderem os requisitos dos laboratórios credenciados.

Como é na União Europeia com a norma CEN

Em vigor desde 1999 em um dos maiores continentes do mundo, a norma emitida pelo Comitê Europeu de Normalização (CEN) indica os métodos e requisitos fundamentais para testar os vidros transparentes e garantir a sua resistência.

Os testes exigidos por essa norma também são realizados em laboratórios certificados em países europeus, que têm como princípio a avaliação e todo estudo baseado em ataques com três tiros.

Como é nos 28 países integrantes da OTAN com a norma STANAG

Padronizada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a norma STANAG é usada para testar todos os produtos de veículos destinados ao serviço das forças armadas. Entre suas avaliações, esse norma observa detalhadamente as condições e requisitos voltadas ao uso restrito de tipos de munições usadas pelas forças armadas nacionais.

Como é na Alemanha com a norma VPAM

Desenvolvida em conjunto pelo Governo Federal Alemão e importantes laboratórios de testes, a norma VPAM traz entre os seus procedimentos determinados requisitos e condições para o teste de sistemas de vidros blindados.

Vale lembrar que quando essa norma é aplicada, o governo alemão colabora com laboratórios credenciados para testar e também certificar as diferentes composições.

Pronto! Agora você já conhece as quatro normas balísticas mais conhecidas no mundo: NIJ 0108.01, CEN 1062, STANAG 4569 e VPAM. E sabe o que é melhor? Nós, da AGP, cientes da expansão global que os nossos produtos possuem, trabalhamos com certificações dos mais diversos padrões balísticos, o que garante a segurança e a qualidade dos nossos vidros e, consequentemente, a satisfação e fidelização dos nossos clientes.

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Tiro perfurante ou tiro expansivo

Tiro perfurante ou tiro expansivo

Qual a principal função do equipamento de blindagem automotiva? Possivelmente você e muitas outras pessoas responderão: evitar que um projétil atravesse o vidro blindado e cause danos aos passageiros e, sim, estarão certos, porque, sem dúvidas, essa é uma das principais funções dessa blindagem.

Mas existe muito o que descobrir até que, finalmente, as peças blindadas estejam produzidas de acordo com o objetivo. Entre os estudos indispensáveis nas empresas e fábricas de blindagem automotiva está a força de impacto do projétil.

Quanto mais sabe-se sobre a capacidade balística, tipos de projéteis e as possíveis consequências de um disparo e ataque, mais resistente será o produto e menor será a força do impacto.

E para que você também conheça esse universo e os seus segredos, nós, da AGP, preparamos esse texto com as principais definições de dois tipos de projéteis: os perfurantes e os expansivos. Fique atento (a) aos parágrafos abaixo para aprender o que é um projétil e o que diferencia esses mais conhecidos:

Projéteis

Antes de aprender sobre os dois projéteis mais comuns, você precisa entender o que é de fato um projétil, então, confira a definição: é uma munição, seja projétil, pólvora ou outro artefato que cause explosão e possa carregar uma arma de fogo.

Projéteis expansivos:

Como o próprio nome já diz, esse tipo de projétil se expande, ou seja, alonga-se, estende-se, o que significa que, quando o alvo é atingido por essa bala ele recebe uma força maior. Entretanto, uma característica desse estilo de projétil é o menor poder de penetração.

Esse conjunto de características, quando disparado sobre um alvo gelatinoso, faz com que o projétil se abra completamente, sendo por esse motivo proibido até mesmo em guerras.

Para reconhecer esse modelo de munição deve-se observar se o projétil tem a ponta oca e riscos na parte exterior.

Projéteis explosivos

Ao contrário do modelo de projétil expansivo, o explosivo só libera a sua substância quando atinge o alvo escolhido, pois sua carga líquida que, na maioria das vezes é composta por glicerina ou mercúrio, fica retida em seu interior.

A principal característica desse estilo é a aceleração que ocorre após o seu disparo, responsável pela expansão do líquido presente que, automaticamente, pressiona, ou seja, lança a ponta a fim de se projetar para frente.

Desse modo e com uma força violenta, o projétil se fragmenta como uma granada, resultando em ferimentos graves que podem ser registrados em até 20 centímetros do seu ponto de impacto.

Vale lembrar que a velocidade com a qual o projétil é disparado, o comprimento do cano da arma usada e a quantidade de munição também interfere nos efeitos do ataque.

 

Outro detalhe importante enfatizar é que os projéteis são formados por diferentes características, sendo as mais encontradas com as seguintes composições:

·         plana de base côncava e semicanto vivo

·         plana de base concava e côncava-oginal

·         base côncava e canto vivo

·         base côncava e ponta oca

·         base plana e pontiagudo

Ficou surpreso (a) com tantos detalhes existentes por trás de um disparo e o seu projétil? Pois saiba que existe uma disciplina destinada ao estudo das armas de fogo, a chamada balística forense, que analisa todos os fatores que envolvem as armas de fogo, como as munições, os seus alcances, as possíveis direções e os seus efeitos.

Essa ciência forense exibe os seus conceitos em métodos separados de análise e identificação: Balística interna, balística externa e balística de efeitos.

 

Realmente interessante, não é? Continue sempre acompanhando as nossas publicações e fique por dentro de tudo o que acontece no mercado automobilístico e também no universo da blindagem automotiva.